As fruteiras do pomar tradicional algarvio (consociação no todo ou em parte de espécies como a alfarrobeira, amendoeira, oliveira e figueira, em diferentes densidades) são, desde tempos ancestrais, elementos icónicos da paisagem e dos agro-silvo-ecossistemas, nomeadamente do Barrocal, para além de  importante fonte de receita e emprego, onde para além da produção primária avulta uma multiplicidade de usos e produtos resultantes de algum tipo de transformação.

Os mosaicos de pomar tradicional algarvio também sempre desempenharam um papel crucial na conservação do solo e da água e na preservação da biodiversidade, constituindo-se em grandes aliados na proteção contra a desertificação e degradação do solo em climas mais áridos como o nosso, ao mesmo tempo que atuam como importantes sequestradores de carbono, contribuindo assim para a redução das emissões de gases de efeito de estufa e ajudando no combate as alterações climáticas. (Pomar de Sequeiro, DM Algarve)

Amêndoas, figos, alfarrobas e azeitonas são a base de muitas receitas tradicionais algarvias. A amêndoa é usada em doces como o Dom Rodrigo e os doces de amêndoa moldados; o figo dá origem aos figos cheios e ao bolo de figo; e a alfarroba é usada em bolos, tartes e licores. Estes produtos, adaptados ao clima seco da região, são símbolo da cultura, sabor e identidade do Algarve.